M&A Neighborhood no Brasil – Ed. #81 – Buzz Credit score

Bem-vindo à edição #81 da M&A Neighborhood Brasil!

Agora só falta o CADE. Nessa quinzena os acionistas da Petz aprovaram a fusão com a Cobasi. Lauro Jardim já havia especulado uma aprovação sem restrições pelo Cade, então os próximos passos seriam um aumento do capital social, emissão de ações ordinárias e incorporação da totalidade das ações de emissão da Petz pela Cobasi.

E é importante que a Kinea esteja aproveitando os frutos da operação da Cobasi, porque segundo a Bain & Firm, 2025 vai ser um ano penoso para o Non-public Fairness. A consultoria prevê que as dificuldades de captação e exit observadas em 2024 devem reverberar em 2025 (e nos anos que vão seguir). 

Muito além disso, essa quinzena também se encerra com grandes cheques, como:

  1. O J. Safra Sarasin, do Grupo Safra, comprou 70% do Saxo Financial institution da Dinamarca por impressionantes USD 1,7 bilhão, um dos maiores negócios de bancos privados dos últimos anos.
  2. Andbank adquiriu a gestora carioca Kymas, que administra cerca de BRL 1 bi em ativos. Com o asset, o Andbank também abocanha 6 fundos com estratégias diferenciadas, dando um gás na abordagem do banco de criar uma incubadora de gestoras boutique.
  3. Já a Eneva adquiriu a Termelétrica Camaçari (360 MW) da Eletrobrás. Para quem vende, essa foi uma oportunidade de mitigar riscos operacionais e financeiros. Para quem compra, é uma janela para expandir a capacidade de geração por meio de possíveis leilões.
  4. O GIC comprou uma fatia minoritária de 12,5% Cimed, e apesar de não ter o valor do negócio revelado, o CEO João Adibe Marques garante que essa foi a maior transação de PÉ em Saúde nos últimos 10 anos.

Boa leitura!

[Amanhã] Você está convidado para um encontro com as principais lideranças do M&A em Energia

Se você está atento à quantidade de negócios no setor de Energia que estão sendo fechados, já sabe que 2025 promete ser um grande ano. Agora, grandes lideranças do setor vão se reunir amanhã (20), em São Paulo, para conversar sobre como fisgar as principais oportunidades do período. 

Como desbloquear todo o poder das energias renováveis?

Qual é o papel de soluções inovadoras para alcançar uma demanda crescente e promover um ambiente o desenvolvimento sustentável? 

Essas são algumas das questões que serão traduzidas pelos specialists no encontro. 

20 de março de 2025, às 19h00

Praça São Lourenço, R. Casa do Ator, 608 – Itaim Bibi

Gratuíto

Impulsione seu M&A e faça networking com quem pode te levar mais longe. 

As inscrições são limitadas.

Participe do encontro

Deal Tracker

Sort Indústria Goal Purchaser Vendor

01

Takeover

Agribusiness

Sierentz Agro Brasil (96 mil hectares arrendados)

SLC Agrícola

Sierentz Agro Brasil

02

Asset Acquisition

Agribusiness

Fazenda em Cocalinho (MT)

(Non-disclosed)

Amado Batista

03

Joint Enterprise

Agribusiness

Acordo entre xFarm e CheckPlant

04

Majority Stake

Agribusiness

Innova (85%)

Ihara

Adriano Renato de Azeredo (ficará com 15%)

05

Asset Acquisition

Agribusiness

39.987 hectares em São Desidério (BA) + Fazenda Paladino

SLC Agrícola

Agrícola Xingu

06

Minority Stake

Client

Casas Bahia (ações ON)

Rafael Ferri

Non-public Shareholders

07

Merger

Client

Petz e Cobasi (se tornam uma única companhia)

08

Minority Stake

Client

Worldwide Meal Firm (5,52%)

BFFC Corp

Non-public Shareholders

09

Takeover

Power

Capixaba Energia

Petro-Victory & BlueOak Investments

Non-public Shareholders

10

Divestment

Power

ZEG Biogás e Energia

(Non-disclosed)

Vibra Energia

11

Takeover

Power

Termelétrica Camaçari (360 MW)

Eneva

Chesf (Eletrobras)

12

Takeover

FIG

RCB Investimentos (35% restantes)

Bradesco

PRA Group (EUA)

13

Takeover

FIG

Clave Capital

BTG Pactual

Non-public Shareholders

14

Majority Stake

FIG

Saxo Financial institution (70%)

J. Safra Sarasin

Acionistas do Saxo Financial institution (incluindo Geely, Sampo, and many others.)

15

Takeover

FIG

JPP Capital

Rio Bravo Investimentos

Non-public Shareholders

16

Takeover

FIG

FINN

It’sSeg Acrisure

Non-public Shareholders

17

Takeover

FIG

Kymas

Andbank

Non-public Shareholders

18

Asset Acquisition

Healthcare/Pharma

Hospital e Maternidade São Luiz (Campinas)

Atlântica D’Or

Non-public Shareholders

19

Minority Stake

Healthcare/Pharma

Cimed (12,5%)

GIC

Família Marques

20

Majority Stake

Healthcare/Pharma

Dermage (60%)

Eurofarma

Non-public Shareholders

21

Minority Stake

Healthcare/Pharma

Hypera (6%)

Votorantim

Non-public Shareholders

22

Takeover

Trade

Kloeckner Brasil

Gerdau

Kloeckner

23

Joint Enterprise

Trade

Produção de resinas acrílicas na Índia

OCQ & Thermax

24

Asset Acquisition

Actual Property

Loja do Supermercado Nacional (2.000 m², RS)

Viezzer Supermercados

Grupo Carrefour Brasil

25

Majority Stake

Actual Property

Shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis

Iguatemi

Non-public Shareholders

26

Asset Acquisition

Actual Property

SPE Imóveis e Torres Selecionados

IHS Brasil

Oi

27

Asset Acquisition

Actual Property

Unidades do Nacional em Curitiba (PR), Porto Alegre (RS)

Festval, Bistek, Viezzer Supermercados

Grupo Carrefour Brasil

28

Asset Acquisition

Actual Property

Prédio sede da Cooperativa Languiru (Teutônia-RS)

Sicredi Ouro Branco

Cooperativa Languiru

29

Joint Enterprise

Providers

Nova unidade de negócios conjunta

Conexão Torus & Biz Companions

30

Majority Stake

Providers

Partiu Corrida (50%)

Noblu

Rodrigo Pochmann (CEO)

31

Takeover

Providers

Banco Nacional

BTG

Non-public Shareholders

32

Asset Acquisition

TMT

UPI de fibra

V.tal

Oi

33

Takeover

TMT

Adact

Optimove

Kalev Kärpuk e sócios

34

Merger

TMT

Orin

Ellite Digital

Non-public Shareholders

35

Takeover

TMT

Euax

Selbetti

Non-public Shareholders

36

Majority Stake

TMT

RJ (80%)

Bus Serviços de Agendamento

Totvs

A caixa de charutos dos fundos de PE está esvaziando?

É inegável que temos que comemorar a consistência que o M&A worldwide mostrou em 2024. Depois de anos de vacas magras, ver o mercado manter um ritmo de recuperação é um sinal de que anos de melhores negócios podem estar por vir. Essa é uma máxima que pode valer para grande parte do mercado, mas aparentemente não se aplica para o Non-public Fairness.

Vimos de grandes consultorias, de McKinsey à KPMG, boas expectativas para o setor em 2025. A PwC chegou a definir o 2025 do PE como buoyant, com o setor movimentando USD 1.7 tri em 2024, aumento de 22% em comparação com 2023. 

Mas agora, a Bain & Firm (em análise do período entre jun. 23 e jun. 24) puxou a corda para o outro lado: 2024 foi o pior ano para o PE desde a crise financeira de 2008, e 2025 não deve ser tão melhor.

M&A não foi motor para crescimento

Embora o ambiente de M&A tenha se recuperado em 2024, com um forte rebote nos investimentos (aumento de 37% no valor dos buyouts e um crescimento de 34% no valor international dos exits), essa melhora ainda não se traduziu em desempenho robusto para os fundos de non-public fairness. Acontece que por mais que o valor dos offers e exits tenha crescido, a quantidade de fundos captados apresentou um desempenho (negativo) histórico. 

Falamos nas edições passadas sobre 2025 ser um ano dos mega offers, mas talvez isso não seja recebido com muito entusiasmo pelos fundos. O fato de que os ativos estão sendo negociados com múltiplos recordes (por exemplo, cerca de 11,9 vezes EBITDA na América do Norte e 12,1 na Europa) está dificultando a obtenção de retornos atrativos no momento da saída. 

A expectativa é que esses múltiplos caiam, mas ainda assim tanto GPs quanto LPs apontam essa situação como uma das maiores ameaças aos retornos dos fundos. E aparentemente essa ameaça já se concretizou em dados durante 2024.

Mais dinheiro saiu do que entrou em 2024

Segundo a Bain & Firm, os ativos sob gestão dos fundos caíram no ano passado, atingindo um recuo de 2% (USD 4,7 tri) em 12 meses (de jun. 23 até jun. 24). E analisar isso pode não ser tão simples. 

Embora o setor tenha expandido seu quantity de ativos em períodos de alta captação, a recente desaceleração nas distribuições e captações de novos fundos tem feito com que o crescimento dos AUM seja interrompido ou, em alguns casos, até revertido. 

Outro fator é que os LPs estão concentrando seus investimentos nos fundos de melhor desempenho e maior porte, enquanto os demais enfrentam dificuldade em captar. Essa concentração pode levar à redução do número complete de fundos e, consequentemente, a uma menor diversificação (e até mesmo a uma queda no quantity agregado de ativos sob gestão, pois os recursos se “movimentam” para poucos gamers que já detêm grandes carteiras).

Exits lentos + preços elevados = efficiency limitada

Está mais difícil embolsar dinheiro nas transações, e isso acontece porque o risco de receber menos do que pagou está alto demais.

Tanto PwC quanto a Bain reforçam o grande quantity de ativos antigos represados em fundos de PE em 2024. Esses foram ativos comprados quando as expectativas de crescimento e valuations estavam altas, somando cerca de USD 3 tri em property cujas saídas foram postergadas. 

  • Rolar participações para continuation funds foi uma estratégia comum durante o período, ganhando tempo para evitar que a disparidade no preço de compra e venda fizesse pressão no caixa. O número complete de fundos do tipo foi para 65 em 2024, contra 57 em 2023. Evitar um haircut é importante, mas segurar demais pode resultar em um corte químico.

Aqui, temos investidores potenciais com mais dificuldade em financiar aquisições, seja por custo maior do capital (juros) ou pela própria volatilidade econômica. Assim, fechar vendas em preços considerados aceitáveis torna-se mais difícil, postergando a liquidez. 

Na corrente de impactos que resultam desse cenário delicado, o último elo é o do bolso dos investidores. No período analisado pela Bain, a proporção de 29% do valor devolvido pelos fundos aos investidores caiu para cerca da metade da média histórica nos últimos anos.

Para o presidente international de PE da Bain, Hugh MacAthur, em entrevista para o Monetary Occasions, essa pressão não deve diminuir em um futuro próximo. Segundo o executivo, os fundos estão com quase o dobro de AUM que tinham em 2019, mas o quantity de vendas anuais se manteve praticamente estável. Aqui, para queimar esses trilhões de dólares em ativos parados, antes de tudo é necessário queimar tempo. “É um problema de três ou quatro anos”, disse o executivo. 

Mas será mesmo?

Devemos esperar um PE forte no M&A de 2025? Até nisso as opiniões divergem

Apesar da fila extensa de portfólios buscando saída, o PE ainda assim acumula mais de USD 1,6 tri em dry powder. Ou seja, há bastante charutos disponíveis para comprar novas participações. Para o M&A, a PwC destaca que o impacto é positivo, especialmente em carve-outs e fusões cross-sector, o que pode justamente ajudar a girar esse estoque de ativos. 

Agora, estaríamos sendo otimistas demais em falar que, só porque o dinheiro existe, ele vai girar? Então vale contarmos brand com a volta dos IPOs e juros despencando, também. 

Não me entenda mal. Otimismo é bom, é ele que nos movimenta. Mas em um cenário em que todos levantam um ótimo 2025, é necessário dar destaque para opiniões mais divergentes. E elas não apontam o ano como uma tempestade completa ou um mar de rosas, mas sim como uma continuidade da maré de recuperação gradual que assistimos começar na T2 24, justamente no fim do período de análise da Bain. 

Em dados, essa realmente parece a direção que estamos seguindo. A M&A Neighborhood identificou 188 transações entre janeiro e fevereiro de 2025, um recuo de mais de 10% em relação ao mesmo período de 2024.

Ao mesmo tempo que a Bain enxerga que, sem liquidez imediata, investidores vão estar mais relutantes em queimar seu dry powder, a PwC reforça a possibilidade que a pressão para buscar retornos (somada à queda de juros e outros fatores favoráveis) impulsione as transações. 

Essas teorias já podem estar sendo colocadas em prática. Nessa quinzena, o Fundo Soberano de Cingapura GIC comprou uma fatia da Cimed, e há quem especule que foi a maior transação de PE em Saúde nos últimos 10 anos. Reaquecimento? Ousadia? Pura estratégia?

Já falamos antes, mas é sempre importante reforçar: no last do dia, 2025 depende unicamente de você, dealmaker. E aí, como vai ser?

Deu o que falar…

  1. As exportadoras Atlântica e Cafebras, do Grupo Montesanto Tavares, entraram com pedido de recuperação judicial após enfrentarem volatilidade extrema no mercado. Com dívidas de BRL 2,13 bi, as empresas citam os altos preços do café, depreciação cambial e inadimplência de produtores como fatores para a crise financeira.
  2. A Fitch Rankings alertou que o aumento de capital da Hidrovias do Brasil pode não ser suficiente para reduzir sua alavancagem, especialmente se o valor ficar no mínimo estipulado de BRLm 800. A empresa, que busca melhorar sua estrutura financeira com desinvestimentos e um aporte de até BRL 1,2 bi, fechou 2024 com alavancagem de 6,6x e dívida líquida de BRL 3,75 bi, 79% atrelada ao dólar. A venda da operação de cabotagem injetará BRLm 195 no caixa, mas tem efeito neutro no ranking.
  3. Os fundadores da Tok&Stok explicaram em carta à Mobly os fatores que influenciaram sua oferta para adquirir o controle da empresa, após a proposta ser rejeitada como “inviável”. O preço oferecido foi de BRL 0,68 por ação, levando em consideração desafios significativos, como a dívida de mais de BRLm 600 e a falta de lucro desde o IPO da Mobly. Além disso, os Dubrule apontaram a baixa liquidez das ações, dificultando a avaliação precisa do valor de mercado da empresa.
  4. Alexandre Birman e Roberto Jatahy, principais acionistas e gestores da Azzas 2154, estão em negociações para um possível divórcio menos de oito meses após a fusão entre Arezzo e Soma. A situação está marcada por desentendimentos sobre a gestão da companhia, com visões opostas sobre o crescimento e a estrutura da empresa. Jatahy busca autonomia, enquanto Birman propõe comprar sua parte. A cisão das operações foi discutida, mas apresenta desafios fiscais e de mercado.
  5. A FMU protocolou pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo, alegando passivos de BRLm 116,4. A instituição, controlada pela Farallon Capital Administration desde 2020, atribui a crise à pandemia e às mudanças no FIES, que elevaram a inadimplência e reduziram matrículas. Os débitos incluem BRLm 113 com fornecedores e instituições financeiras e BRLm 2,1 em passivos trabalhistas.
  6. A XP reagiu após um relatório de uma casa de analysis dos EUA acusar a empresa de fraude, o que causou uma queda de 5,5% nas ações da corretora na Nasdaq. A companhia brasileira anunciou que irá processar a firma americana pela divulgação dessas alegações. O caso gerou grande turbulência no mercado, evidenciada pela queda nas ações e pela iminente ação authorized da XP contra a acusação.
  7. A Americanas iniciou um processo arbitral contra quatro ex-diretores, aos quais acusa de estarem envolvidos na fraude que abalou a empresa. A varejista busca uma indenização, mas não incluiu todos os executivos supostamente envolvidos no esquema. O caso segue em andamento.

Novos fundos e captações

Proprietor Fund Class Anticipated AUM

01

Manati Capital

Manati Renda CDI

Actual Property

BRLm 275

02

BTG Pactual

Janus Henderson Solução World

PE

(Non-Disclosed)

03

Alexia Ventures

Fundo 2

VC

USDm 100

04

RBR Asset

Actual Property

BRL 1 bi

05

Oaktree Capital Administration

Feed Fund

PE

BRL 10 bi

06

Igah Ventures

Igah Patria Blended

VC

BRLm 157

07

Gerando Falcões

Fundo Dignidade

VC

BRLm 100

Market Developments

Os Prime 10 offers de 2024

No Brasil, foram 79 transações acima de BRL 1 bi em 2024, mas quais foram as 10 maiores? 

Um levantamento realizado recentemente pelo portal Fusões e Aquisições mapeou os grandes offers do ano passado, dando um destaque para os maiores cheques do ano em terras tupiniquins. 

  1. O destaque absoluto foi a privatização da Sabesp, no setor de Infraestrutura, considerada a maior operação da história do saneamento brasileiro, arrecadando BRL 14,8 bi. Quase metade desse valor (BRL 6,9 bi) foi aportado pela Equatorial, adquirindo 15% das ações a BRL 67 cada. A oferta international atraiu 310 investidores.
  2. O setor de Energia concentrou 3 grandes operações entre as 10 maiores. Em outubro, a Âmbar Energia, braço do grupo J&F dos irmãos Wesley e Joesley Batista, assumiu o controle da Amazonas Energia por BRL 6,5 bi. Outra grande operação da Âmbar ocorreu em junho, adquirindo as termoelétricas da Eletrobras por BRL 4,7 bi. Já em julho, a Eneva adquiriu quatro ativos termelétricos do BTG por BRL 4 bi.
  3. TMT também teve destaque, com 2 transações envolvendo a V.tal: a compra da ClientCo, braço de fibra óptica da Oi, por BRL 5,7 bi em abatimento de dívidas e emissão de ações. Já em outubro, a empresa anunciou a criação da subsidiária Tecto Knowledge Facilities, investindo BRL 5,1 bi.
  4. Em Petróleo e Gás, o destaque foi a aquisição pela Prio de uma participação de 40% no Campo de Peregrino, pertencente à chinesa Sinochem, por BRL 10,5 bi.
  1. O setor de Transportes registrou a venda da participação de 48% da Alternative na Santos Brasil para a CMA CGM, gigante francesa de logística, em setembro. O valor dessa transação alcançou BRL 6,3 bi, com prêmio de 20% sobre o valor de mercado.
  1. Nos Serviços Portuários e Aeroportuários, o controlador da Wilson Sons chegou a um acordo em outubro para vender sua participação na companhia à Mediterranean Transport Firm (MSC) por BRL 4,35 bi.
  1. No setor financeiro, a EloPar, controladora da Cielo, realizou em agosto uma OPA para fechar o capital da empresa, comprando 736,8 milhões de ações a BRL 5,82 cada, totalizando BRL 4,3 bi.

Fonte: Fusões e Aquisições

McKinsey elenca os desafios para o M&A de 2025

A McKinsey divulgou uma análise sobre M&A em 2025, apontando um cenário otimista, porém marcado por desafios significativos. Embora as condições econômicas tenham melhorado, com menores custos de capital e valuations com tendência de normalização, fatores como a instabilidade geopolítica, mudanças nas políticas comerciais e o aumento da fiscalização regulatória, especialmente nos EUA, podem limitar o ritmo dos negócios ao longo do ano.

Segundo a McKinsey, uma pesquisa international com cerca de mil executivos revelou que 35% deles consideram a instabilidade geopolítica o maior risco para o crescimento econômico e a atividade de M&A. Na América do Norte, porém, a preocupação principal envolve mudanças internas nas relações comerciais e transições políticas domésticas, apontadas como desafios ainda mais relevantes.

Fonte: McKinsey/CFO

Há quem esteja rindo e chorando com os embates tarifários dos EUA

E não é só a McKinsey que está preocupada com os EUA cutucando seus principais parceiros comerciais, como Canadá e México. Para somar ainda mais nesse cenário, investidores também estão antecipando riscos adicionais relacionados à China.

As preocupações vão muito além da guerra comercial.  A economia chinesa está dando sinais de desaceleração, com uma recente queda de importações (8,4%) e cenário de deflação (-0,7%). Isso parece estar tirando o sono sobretudo de grandes companhias exportadoras do Brasil, como Petrobras e Vale.

  • Apesar dos desafios, a revisão de portfólio das grandes mineradoras globais e a busca por minerais críticos estão impulsionando M&As no setor mineral. No Brasil, as transações atuais podem somar até BRL 15 bi.

Além disso, o PIB abaixo do esperado no Brasil (alta de apenas 0,2%) e a inflação ainda elevada (IPCA com alta de 1,31%) podem criar mais dificuldades na retomada consistente do mercado native de M&A, exigindo cautela redobrada dos investidores nas operações que envolvem ativos com exposição direta à economia chinesa.

  • Mas nesse imbróglio de gigantes, há quem esteja torcendo pela briga. O agronegócio brasileiro surge como potencial beneficiado, sobretudo pela perspectiva de ampliar exportações agrícolas como soja, algodão e carne bovina. A oportunidade está em ocupar espaços antes dominados pelos EUA no mercado chinês. Mas o risco de aumento nos preços internos ainda é actual. 

Fonte: NeoFeed, Migalhas e Valor Econômico

Movimentações executivas

Indústria

  • Alexandre Ostrowiecki anunciou sua saída do cargo de CEO após 22 anos, passando a presidir o conselho da empresa. Com 41% das ações, Ostrowiecki será substituído por André Poroger, atual VP de Negócios, a partir de abril. Richard Ku assume como novo CFO.
  • A Starta anunciou a entrada de Givanildo Luz, ex-diretor-presidente da Saque e Pague e ex-diretor da Getnet, como sócio e conselheiro. Luz, que liderou a Saque e Pague desde sua fundação em 2010 até 2024, traz sua experiência em tecnologia e networking, com foco em projetos de IA, dados e plataformas para os setores de seguros e saúde.
  • A Rural lançou a Rural Capital, sua vertical de soluções financeiras, e atraiu Rafael Harada, ex-head de riscos da JBS, como sócio e líder da nova área. O foco será estruturar operações financeiras para startups, empresas e produtores rurais, oferecendo gestão de risco, financiamento, planejamento estratégico e M&As. Harada acredita que o agro brasileiro está pronto para maior profissionalização financeira, impulsionada pelo cenário macroeconômico international. A Rural Capital já tem operações em andamento e integrará outras frentes do grupo, como enterprise capital e inovação.
  • A N5X anunciou a contratação de Michel Maranzana como diretor de Clientes. Com mais de 20 anos de experiência no setor, Maranzana atuou em empresas como AES Brasil e EDP, onde foi responsável por operações complexas e pela implementação de mesas de comercialização.
  • A Agrex do Brasil anunciou a contratação de Renato Garcia, ex-executivo da Cargill, para o cargo de “head de commodities”, com responsabilidade pela estratégia da unidade de negócios de commodities da empresa. Garcia, com 27 anos de experiência na Cargill, atuará em operações de originação, buying and selling, armazenagem, logística e na unidade de produção de soja desativada. Sua chegada faz parte da estratégia de crescimento e modernização da Agrex, que também anunciou um aporte de BRLm 700 para acelerar suas operações e explorar novas aquisições. Além disso, Kenji Akiyama, ex-“head de commodities”, assume o cargo de CSO e CCO.

Funding and Banking

Agronegócio

Intenções e Estratégias

  • A disputa tarifária entre EUA e China, com a imposição de tarifas de 15% sobre o algodão norte-americano, pode beneficiar o Brasil, que já se consolidou como o principal fornecedor de algodão para o mercado chinês. No entanto, o aumento na demanda pelo produto brasileiro será limitado, devido a uma série de desafios, como gargalos logísticos, redução nos preços e a projeção de uma maior produção de algodão na China. Além disso, a safra de algodão international está crescendo, o que pode diminuir a necessidade de importação da China. O Brasil, por outro lado, continua a ser um participant chave, com expectativa de exportar até 2,9 milhões de toneladas em 2025.
  • A Agribrasil está em conversas para vender uma fatia da empresa, com Solaris Commodities (Dubai) e Saudi Agricultural and Livestock Funding Firm (Salic) entre os possíveis interessados, segundo fontes anônimas.A empresa, que detém 51% do terminal TESC (SC), não comentou detalhes além dos canais oficiais da CVM.
  • A JBS e a saudita Almarai estão competindo pela aquisição da Alwatania, maior produtora de aves do Oriente Médio, com ofertas separadas e não vinculantes, em uma transação que pode alcançar USDm 533. A Alwatania vem explorando a venda desde o last de 2024, com a BSF Capital atuando como consultora. Além da JBS e Almarai, outras empresas como a Tanmiah Meals e um consórcio liderado pela MHP também apresentaram propostas.
  • A Granja Faria está finalizando a aquisição de uma empresa (de nome não divulgado) nos EUA em um negócio avaliado em mais de USD 1 bi, com o BTG Pactual investindo cerca de um terço do complete by way of veículo dos sócios do banco. O controlador, Ricardo Faria, busca financiamento para sua parte.
  • A Oxbo investiu BRLm 150 na abertura de uma nova fábrica em Uberaba (MG), com planos de expandir e desenvolver novas tecnologias, como colheitadeiras de café e máquinas para laranja. A empresa aposta no “nicho do nicho”, atendendo mercados com pouca mecanização, como ervilhas verdes e pistaches.

M&A

  • A SLC Agrícola anunciou a compra da Sierentz Agro Brasil por USDm 135, com pagamento parcelado até 2027. A aquisição inclui 96 mil hectares arrendados no Maranhão, Piauí e Pará, com potencial de 135 mil hectares plantados. Os contratos de arrendamento têm custo médio de 9,3 sacas de soja por hectare e prazo de 13 anos. A operação também prevê a venda de 33 mil hectares à Terrus por BRLm 191,2, incluindo equipamentos.
  • Amado Batista vendeu sua fazenda em Cocalinho (MT) por BRLm 350, em uma das maiores transações imobiliárias rurais recentes no Brasil. A decisão de vender veio após o cantor ser multado pelo Ibama por desmatamento ilegal. A operação reflete a valorização do agronegócio e reforça a atuação de Batista como empresário do setor.
  • A europeia xFarm Applied sciences e a brasileira CheckPlant anunciaram um acordo estratégico de troca de participações, unindo forças no setor de agricultura digital sem alterar os controles acionários. A parceria amplia a presença da xFarm na América Latina e fortalece a CheckPlant no mercado native, combinando experience em grandes e pequenas propriedades. Juntas, as empresas cobrem mais de 12 milhões de hectares e oferecerão soluções avançadas, como IoT, sensoriamento remoto e gestão agrícola. O objetivo é expandir atuação em culturas como soja, milho, algodão, café e cana, além de consolidar o Brasil como centro estratégico.
  • A Ihara firmou acordo para adquirir 85% das ações da Innova, indústria de fertilizantes do Paraná. A transação, que envolve a compra do controle majoritário, permitirá à Ihara expandir sua participação nos mercados de fertilizantes e sementes. O fundador da Innova, Adriano Renato de Azeredo, manterá 15% de participação na empresa. A operação, que será analisada pelo Cade, manterá a Innova como uma companhia separada, mas alinhada estrategicamente à Ihara.
  • A SLC Agrícola adquiriu terras na Bahia e em Minas Gerais da Agrícola Xingu por BRLm 913, incluindo 39.987 hectares em São Desidério (BA), já arrendados por sua subsidiária SLC-MIT. A Fazenda Paladino, parte do negócio, foi avaliada em BRLm 723, com preço de BRL 32.876 por hectare agriculturável.

Fundraising

  • A agfintech Grão Direto captou BRLm 90 em rodada liderada pelo Kaszek, com participação de SLC Ventures, Bradesco, CME Ventures e Endeavor Scale-Up Ventures.
  • A Marfrig anunciou a emissão de até BRL 1,8bi em debêntures para financiar a compra de bovinos, com estruturação by way of EcoAgro e distribuição de CRAs para investidores. A operação contará com coordenação de BTG Pactual, XP, BB-BI, Safra, Bradesco BBI e Santander, com prazos de 5 a 20 anos e indexação ao IPCA, CDI ou taxa prefixada.

Consumo

Intenções e Estratégias

  • A Natura &Co informou que o prazo de exclusividade com a IG4 Capital para a potencial venda da Avon Internacional encerrou em 28 de fevereiro, mas as negociações continuam. A empresa avalia alternativas estratégicas, incluindo venda, parcerias ou cisão.
  • A Vulcabras está avaliando a expansão por meio de M&As. A empresa destacou que está em busca de novas oportunidades de negócios, seja com novas marcas ou experience em lojas. Durante uma teleconferência, a Vulcabras também comentou sobre o aumento do absenteísmo na This fall 24, o que impactou os custos de mão de obra na produção.
  • A BRF informou que o preço de aquisição de 50% da Gelprime, empresa de gelatina e colágeno de Londrina (PR), pode aumentar em até USDm 13,6, dependendo da efficiency da companhia nos próximos três anos. O acordo, anunciado em dezembro por BRLm 312,5, foi formalizado entre a MBR Investimentos, controlada pela BRF, e as vendedoras Viposa Participações, Britali e Vanz Holding. A transação ainda aguarda aprovação do Cade e o cumprimento de condições precedentes.

M&A

  • Rafael Ferri adquiriu 5,11% do capital social da Casas Bahia por meio de compras no mercado à vista e operações com derivativos de liquidação física. A empresa receberá o comunicado sobre a aquisição em breve, mas, devido ao período de silêncio, não comentou o caso. Ferri, que deixou o TradersClub em 2023, anteriormente havia colocado à venda 42 milhões de ações da companhia, representando 14,99% do capital, por BRL 1 por ação.
  • Os acionistas da Petz aprovaram a fusão com a Cobasi, criando um novo gigante do setor pet no Brasil. A operação envolve a conversão da Petz em subsidiária integral da Cobasi e a unificação das bases acionárias, ainda sujeita à aprovação do Cade. A fusão será estruturada by way of aumento de capital de BRLm 270 na Cobasi Investimentos, seguido pela incorporação da Petz e resgate das ações preferenciais. Como parte da transação, acionistas da Petz receberam BRLm 130 em dividendos, pagos em novembro de 2024.
  • A BFFC Corp, dona do Bob’s e Yoggi, adquiriu 5,52% da IMC, tornando-se a terceira maior acionista da empresa, atrás da UV Gestora e da família de Carlos Wizard Martins. O movimento, detalhado em documento enviado à CVM, ocorre após dois anos de compras graduais das ações da IMC, que controla Frango Assado, KFC e Pizza Hut no Brasil. Segundo o CEO Ricardo Bomeny, a IMC negocia abaixo de 2x EBITDA, e a BFFC pode seguir ampliando sua participação. A empresa, que já é uma das maiores franqueadas da IMC, pretende expandir sua rede de KFC e Pizza Hut em 2025.

Fundraising

Energia

Intenções e Estratégias

  • A Brava Energia anunciou que a venda de seus ativos será limitada aos campos em terra e de águas rasas na Bahia. A empresa segue em fase de diligência com os proponentes selecionados e espera receber propostas vinculantes até abril.
  • A WEG concluiu a aquisição da Reivax, consolidando os negócios adquiridos em suas demonstrações financeiras a partir de março de 2025. Anunciada em novembro de 2024, a transação fortalece a presença da WEG no setor de automação e controle para geração de energia.
  • A Raízen contratou o JP Morgan para estruturar a venda de sua refinaria Dock Sud e de sua rede de 700 postos de combustível na Argentina, que responde por 18% das vendas de gasolina e diesel no país. A decisão segue a tendência de multinacionais como HSBC, Exxon Mobil e Mercedes-Benz, que estão deixando o mercado argentino. A venda ocorre em meio à liberalização do setor de combustíveis promovida pelo governo Milei.
  • A Petrobras encerrou o processo de desinvestimento dos ativos de distribuição e comercialização de combustíveis e lubrificantes na Colômbia, que envolvia a venda de 100% das ações da Petrobras Colombia Combustibles (Pecoco). A decisão, aprovada pela diretoria executiva, está alinhada à estratégia de diversificação e sustentabilidade da companhia. O encerramento do processo reflete a revisão contínua do portfólio para garantir retorno financeiro e fortalecimento da empresa.
  • A Delta Energia planeja investir BRL 1 bi em térmicas a gás e biocombustíveis, apostando no leilão de capacidade da Aneel em junho para viabilizar três novas usinas. O grupo, sob a liderança do novo CEO Max Xavier Lins, também foca no mercado de biocombustíveis, que deve movimentar BRL 1 tri até 2034.
  • A Casa dos Ventos firmou contrato de autoprodução com subsidiárias do grupo tailandês Indorama Ventures, incluindo Oxiteno e Oleoquímica, por meio da SPE São Júlio I Energias Renováveis, um ativo eólico na Bahia. O acordo, aprovado pelo Cade em 17 de março, visa fornecer energia eólica para as empresas, com o objetivo de reduzir custos e promover sustentabilidade. Além disso, a Casa dos Ventos assinou um contrato de fornecimento de 15 anos com a Indovinya, outra subsidiária da Indorama Ventures, ampliando sua presença no mercado de energia renovável.

M&A

  • A Petro-Victory, em parceria com a BlueOak Investments, adquiriu a Capixaba Energia por BRLm 105. A aquisição visa expandir a presença das empresas em ativos de petróleo e gás no Brasil, com expectativa de aumento substancial na produção nos próximos 12 a 18 meses. O preço foi financiado pela BlueOak e recursos a serem gerados futuramente.
  • A Vibra Energia anunciou sua saída do capital social da ZEG Biogás e Energia. A companhia irá aportar BRLm 40 em créditos na ZEG e pagar BRLm 20 aos acionistas da empresa de bioenergia, proporcionalmente às suas participações. Com a transação, a Vibra deixa de ser obrigada a realizar investimentos futuros de BRLm 400 na ZEG.
  • A Eneva adquiriu a termelétrica Camaçari (360 MW), da Chesf (Eletrobras), expandindo sua capacidade térmica para 5,59 GW e reforçando sua presença no Nordeste. A operação, aprovada pelo Cade, inclui terreno e equipamentos, e visa preparar a companhia para futuros leilões de capacidade. A Eneva também anunciou o pagamento de BRLm 89,3 aos ex-acionistas da Focus Energia, parte de um acordo arbitral referente à aquisição de 2022.

Fundraising

FIG

Intenções e Estratégias

  • A Capitânia Investimentos está propondo a cisão parcial de seu fundo Fiagro, o Capitânia Agro Methods Fiagro, com o objetivo de criar um novo fundo com prazo de dois anos. O fundo authentic continuaria listado, enquanto os investidores poderiam optar por migrar para o novo fundo, que contemplaria ativos considerados “problemáticos”, como CRAs da AgroGalaxy e Patense, empresas em recuperação judicial. A cisão busca proporcionar uma alternativa aos cotistas, permitindo a migração para um fundo com amortizações futuras. A proposta gerou controvérsias, mas a gestora promete uma explicação mais clara.
  • A Caixa Seguridade anunciou um follow-on secundário de 82,5 milhões de ações, movimentando até BRL 1,3 bi para se adequar ao Novo Mercado da B3, elevando o free float de 17,25% para o mínimo de 20%. A oferta, coordenada por Itaú BBA, Caixa, BTG Pactual, Financial institution of America e UBS, não diluirá acionistas.
  • A Genial Investimentos estuda vender ativos não estratégicos para reforçar sua estrutura de capital, após anos financiando crescimento com recursos próprios. Entre os negócios que podem ser desinvestidos estão a participação na resseguradora Austral, a administração de fundos, a gestora imobiliária e um projeto de geração distribuída no Rio de Janeiro.
  • A Caixa Seguridade protocolou junto à CVM uma oferta pública secundária de 82,5 milhões de ações, com valor estimado de até BRL 1,31 bi, considerando o fechamento de BRL 15,99 por ação. A definição do preço ocorrerá em 19 de março.
  • A Alper Seguros anunciou uma reestruturação de sua liderança, com o objetivo de otimizar operações e fortalecer sua posição no mercado. Denis Teixeira foi promovido a Sênior Vice-Presidente de Transportes e Logística, enquanto Alexandre Boccia assume a Sênior Vice-Presidência de Seguros Individuais e Massificados. Fábio Ursaia será o novo Sênior Vice-Presidente de Riscos e Resseguros, e André de Barros Martins acumulará a função de Consumer Advocate.

M&A

  • A Superintendência-Geral do Cade aprovou, sem restrições, a aquisição de 100% da Clave Capital pelo BTG Pactual, no qual o banco já possuía participação minoritária. Com a transação, as estratégias de Multimercado, Crédito e Imobiliário da Clave serão integradas à BTG Pactual Asset, e o CEO da Clave, Rubens Henriques, assumirá como head Latam.
  • O Bradesco adquiriu 100% da RCB Investimentos ao comprar a fatia restante que ainda não possuía. Em 2018, o banco já havia adquirido 65% da companhia por BRLm 224. Com a transação, o grupo americano PRA deixa o negócio, enquanto a participação remanescente pertencia a executivos da RCB.
  • O J. Safra Sarasin comprou 70% do Saxo Financial institution por EUR 1,1 bi, avaliando a instituição dinamarquesa em EUR 1,6 bi. Esse acordo é um dos maiores negócios recentes entre bancos privados, permitindo ao J. Safra Sarasin diversificar sua base de clientes, pois o Saxo opera no varejo, enquanto o Safra atende clientes de alta e extremely alta renda.
  • A Rio Bravo Investimentos assinou um MoU para adquirir a gestora JPP Capital, que administra mais de BRLm 500 em Fundos Imobiliários e originou BRL 1 bi em operações de crédito. Quatro fundos da JPP foram integrados ao portfólio da Rio Bravo, ampliando sua especialização em crédito.
  • A It’sSeg Acrisure adquiriu a insurtech FINN, especializada em seguros garantia. Essa é a 15ª aquisição da corretora desde sua fundação há 10 anos por Thomaz Menezes, ex-CEO da SulAmerica Seguros.
  • O Andbank adquiriu a gestora carioca Kymas, que administra cerca de BRL 1 bi em ativos. A transação inclui seis fundos com estratégias diferenciadas, reforçando a abordagem do banco de criar uma incubadora de gestoras butique.

Industria

Intenções e Estratégias

  • A recuperação judicial da InterCement, do grupo Mover (ex-Camargo Corrêa), pode provocar mudanças significativas no setor de cimentos, atualmente dominado por poucos grupos. A companhia, terceira em participação de mercado e segunda em capacidade produtiva, terá seu futuro determinado pelo desdobramento da venda de ativos.
  • A família Moreira Salles, principal acionista da Verallia, formalizou uma oferta para adquirir a fatia restante da fabricante francesa de embalagens de vidro, oferecendo EUR 30 euros (USD 32,42) por ação. Ações da Verallia subiram 20% este ano, após queda de 30% em 2024. A família também possui investimentos no Itaú Unibanco e em energia.
  • A JBS anunciou que transferirá sua listagem primária para a Bolsa de Nova York, mantendo seus BDRs listados na B3. A mudança é vista como um passo estratégico para a empresa, com o objetivo de facilitar sua inclusão no índice S&P 500, ampliando sua visibilidade e acesso a investidores globais.

M&A

Infraestrutura

Intenções e Estratégias

  • O governo brasileiro tem adotado medidas para atrair mais investidores para as concessões rodoviárias e ferroviárias, como a portaria que autoriza a recompra de debêntures. A medida visa reduzir os custos financeiros das concessionárias, permitindo a reemissão de títulos a taxas mais favoráveis. Até o momento são15 leilões programados para 2025 e BRL 161 bi em investimentos.
  • Após adquirir a Wilson Sons por BRL 4,35 bi no fim de 2024, a suíça MSC segue analisando novas oportunidades de M&A no Brasil. Com forte posição de caixa, a gigante de navegação e terminais de contêineres busca expandir sua presença no mercado logístico, mas sem pressa para fechar novos negócios.
  • A Cosan anunciou um novo programa de recompra de até BRL 2 bi em debêntures, seguindo sua estratégia de redução de endividamento. A recompra incluirá títulos da quinta e sexta emissão, com prêmios de até 1,65% e 1,40%, respectivamente, e intermediação do Itaú BBA. A iniciativa se soma às liquidações antecipadas de títulos realizadas desde janeiro, após a venda de 4,05% na Vale por BRL 9,1 bi. A companhia busca reduzir sua dívida líquida de BRL 23,5 bi e planeja vender ativos para diminuir a alavancagem em 30% nos próximos meses.
  • A CCR está buscando gerar caixa para participar de futuras rodadas de concessão de rodovias, segmento que oferece maior margem de ganho. A empresa contratou bancos como Itaú BBA, Lazard, BTG e Goldman Sachs para revisar seu portfólio, incluindo a venda de ativos em aeroportos e mobilidade.
  • A Oi finalizou a venda da UPI composta por imóveis e torres para a IHS Brasil. A operação envolveu a transferência de 100% das ações da SPE Imóveis e Torres Selecionados, estruturada como dação em pagamento de parte dos créditos da IHS, credora Take or Pay sem garantia – Opção I. A transação faz parte da estratégia da operadora em recuperação judicial para otimizar seu portfólio e fortalecer sua estrutura financeira.
  • A CS Infra (Grupo Simpar), Monte Rodovias, VF Gomes e um consórcio entre Zopone e Constral venceram o leilão de concessão de quatro lotes rodoviários no Mato Grosso, com investimentos totais de BRL 4,73 bi. A CS Infra levou o Lote 5 (308 km entre Paranatinga e Canarana) por BRL 1,1 bi, destacando a mitigação de riscos contratuais como fator decisivo. Dois blocos foram retirados da disputa por falta de propostas, e o governo estadual avaliará ajustes nos projetos nos próximos 30 dias.
  • O Cade aprovou a aquisição do controle da Santos Brasil pela CMA CGM. Com a publicação do despacho no Diário Oficial, as partes aguardam o cumprimento do prazo authorized de 15 dias para avançar com o fechamento da operação. A transação envolveu a venda da participação do Alternative, com um Enterprise Worth de BRL 13,2 bi, equivalente a BRL 15,30 por ação.
  • A Sabesp e a Aegea estão avaliando a possibilidade de participar da privatização da Copasa, estatal de saneamento de Minas Gerais. Ambas as empresas mantiveram conversas nos últimos meses, alinhadas ao desejo do governo de Minas de encontrar um acionista estratégico. O governo estadual quer concluir o processo de privatização ainda em 2025, mas depende da aprovação da Assembleia Legislativa, que já analisou um projeto de lei que impõe restrições ao poder de voto e garante uma “golden share” ao governo.

Actual Property

M&A

  • O Viezzer Supermercados adquiriu uma unidade do Supermercado Nacional, bandeira do Grupo Carrefour Brasil, no Rio Grande do Sul. A loja, com 2.000 m², encerrará operações em 30 de março para reformas e reabrirá em maio, adaptada ao novo padrão. Todos os 40 funcionários serão mantidos, e mais 20 postos serão criados.
  • A Iguatemi firmou contrato definitivo para aquisição de participações majoritárias nos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista, em São Paulo, por BRL 2,58 bi. O acordo inclui 60% do condomínio principal do Pátio Paulista, 44,1% da expansão e 50,1% do empreendimento principal e expansão do Pátio Higienópolis. A transação será parcialmente financiada por um investimento de BRL 1,47 bi de XP Malls, BB Asset, BTG Pactual e Braz Participações, que atuarão como coproprietários dos ativos.
  • O Festval e o Bistek adquiriram unidades do Nacional, bandeira do Grupo Carrefour Brasil, no Sul do país. O Festval assumiu a loja no Bacacheri, em Curitiba (PR), que funcionará até 9 de abril antes de passar por reformas. A empresa também está construindo uma nova unidade na região. Já o Bistek comprou um imóvel no bairro Rio Branco, em Porto Alegre (RS), desocupado há 10 anos, e aguarda autorização para demolição. O grupo também abrirá lojas em Tramandaí e Canoas. O Viezzer Supermercados adquiriu outra unidade do Nacional no RS, com inauguração prevista para maio.
  • O Sicredi Ouro Branco adquiriu por BRLm 5,45 o prédio da sede administrativa da Cooperativa Languiru, em Teutônia (RS). A cooperativa poderá permanecer no native até o last do ano, mas o presidente liquidante, Paulo Birck, pretende concluir a mudança até 13 de novembro.

Recursos Naturais

Intenções e Estratégias

Saúde

Intenções e Estratégias

  • A Hypera articula um novo acordo de acionistas com a Votorantim e o fundo mexicano Maiorem para consolidar um bloco de controle superior a 50% e se proteger contra ofertas hostis. Atualmente, Junior Queiroz Filho detém 27,3%, enquanto o Maiorem possui 14,7%, totalizando 47,1% da empresa. A entrada da Votorantim fortaleceria essa estrutura e garantiria estabilidade no Conselho de Administração. A movimentação ocorre após a rejeição da oferta de BRL 30 por ação da EMS no ano passado, considerada hostil.
  • A Viveo está considerando a venda de sua unidade Cremer, após a unidade ser fiadora de BRL 2,3 bi em debêntures. A decisão veio após negociações com credores, mas a empresa nega que a venda esteja formalmente em andamento, embora especulações indiquem que o processo está em consideração. A reestruturação da Viveo inclui também a redução de custos, com fechamento de centros de distribuição e fusão de fábricas. A empresa enfrentou desafios financeiros, incluindo BRL 3,4 bi em debêntures e um prejuízo de BRLm 234 no Q3 24.
  • As negociações para a venda da operação de planos de saúde da Stop Senior no Rio de Janeiro, avaliada em BRL 1 bi, não avançaram. A operação inclui uma carteira de 62 mil usuários e uma infraestrutura com hospital-dia, unidade de oncologia e clínicas especializadas. A Stop Senior confirmou que não recebeu propostas adequadas e que a operação no Rio segue normalmente. A empresa havia contratado a XP para conduzir o processo de venda, iniciado no Q2 24;
  • A Latache, gestora especializada em ativos estressados, busca o controle da Oncoclínicas, tentando adquirir a fatia de 20,76% do Goldman Sachs e os 19,90% do Banco Grasp, o que, somado à sua atual participação de 10,19%, lhe daria controle da companhia. A proposta inicial de BRL 4,30 por ação foi recusada pelo Goldman Sachs, que agora tenta se desvincular da empresa por meio de um “complete return swap”.

M&A

Fundraising

Serviços

Intenções e Estratégias

M&A

  • A Conexão Torus anunciou uma three way partnership com a Biz Companions. Segundo Mariane Baldissera, CEO da Torus, a iniciativa já começa com um pipeline de projetos acima de BRLm 110, consolidando a presença das empresas no mercado nacional.
  • A Noblu adquiriu 50% da Partiu Corrida. A colaboração promete um calendário mais robusto de eventos e melhorias na experiência dos participantes. Apesar da aquisição, a gestão da Partiu Corrida continuará sob o comando de Rodrigo Pochmann, CEO da empresa, garantindo a continuidade da sua identidade.
  • O BTG adquiriu 26.806.919 ações ordinárias e 1.841.715.847 ações preferenciais do Banco Nacional, pagando BRLm 95,3, com o objetivo de concluir sua OPA e fechar o capital do banco. A operação custou BRL 51,02 por cada lote de 1 mil ações. Os acionistas ainda terão até junho para negociar suas ações.

TMT

Intenções e Estratégias

  • A Mileto Tecnologia finalizou a compra da unidade de TV por assinatura da Oi, vencedora do leilão da recuperação judicial da tele. O acordo envolve pagamento inicial de BRLm 10 em até 60 dias e um earn-out de até BRLm 20, condicionado ao número de assinantes ativos em até 720 dias. A operação mantém a marca Oi TV e os contratos vigentes, preservando parcerias com SES, Globo, Warner e Disney.
  • A aceleradora paranaense Begin Progress está disponibilizando BRLm 15 para investimentos em startups, com foco em HRtechs, Fintechs, Edtechs, Database e Martechs. Os aportes variam de BRL 500 mil a BRLm 1 por startup, podendo chegar até BRLm 3 com coinvestimento.

M&A

  • A Oi assinou a venda da unidade produtiva isolada de fibra óptica, ClientCo, para a V.tal, por BRL 5,71 bi. A transação envolve a dação em pagamento de debêntures da Oi (BRLm 334) e a emissão de 4,76 bilhões de ações, avaliadas em BRL 5 bi, subscritas pela Oi. Além disso, inclui créditos extraconcursais referentes a custos de conexão de casas conectadas, totalizando BRLm 381,7.
  • A Optimove adquiriu a Adact. A integração permitirá a criação de experiências interativas, como mini-games e quizzes, otimizando a retenção e conversão de clientes. A aquisição inclui a abertura de um centro de desenvolvimento na Estônia, liderado pelo fundador da Adact, Kalev Kärpuk.
  • A Ellite Digital, de Caxias do Sul, incorporou a agência de advertising and marketing Orin, de Flores da Cunha, com a qual já mantinha parcerias comerciais desde 2008.
  • A Selbetti está desembolsando BRLm 25 para adquirir a Euax, consultoria especializada em transformação digital corporativa.
  • A Totvs Giant Enterprise Tecnologia, subsidiária da Totvs, vendeu sua participação de 80% na RJ, empresa de software program de gestão para transporte de passageiros, para a Bus Serviços de Agendamento por BRLm 49,6.

Fundraising

  • A Proxpect recebeu um novo aporte e o empresário Filipe Colombo, CEO da Anjo Tintas, tornou-se sócio e passou a integrar o conselho da startup.
  • A proptech Quill captou BRLm 2,5 em rodada pré-Seed liderada pelo Sororitê Fund 1. Com o aporte, a startup planeja expandir sua equipe em 60% e atingir o breakeven até o last de 2025.
  • A Nashai abriu uma rodada Collection A e recebeu aporte da Massada World para impulsionar sua expansão internacional. Em 2024, a empresa cresceu 60% e gerenciou mais de BRL 20 bi em contratos. O investimento visa acelerar a inovação e ampliar presença em novos mercados.
  • A legaltech Jusfy levantou uma rodada pre-Collection A liderada pela SaaSholic e Maya Capital, atingindo uma avaliação de BRLm 180 (USDm 30).
  • A fintech Gibb captou BRLm 3 em sua primeira rodada de enterprise capital, liderada pelo Fundo Criatec 4, gerido por Triaxis Capital e Crescera Capital.
  • A Enter recebeu um investimento da Sequoia Capital, um dos fundos de enterprise capital mais renomados do Vale do Silício. Embora os termos e o valor da rodada não tenham sido divulgados, a Enter, que atende grandes marcas como Nubank e Vivo, utiliza IA para reduzir custos em processos trabalhistas e consumeristas.
  • A Sustineri Piscis captou mais de BRLm 9 por meio de crowdfunding,

#Neighborhood #Brasil

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